sexta-feira, 29 de maio de 2009

"O silêncio das pessoas conta muito sobre elas"

ENTREVISTA - ELIANE BRUM
(Créditos da Imagem: Adriano Valenga Carneiro)


Utopias e tentativas esforçadas de estarem atentos à realidade são características comuns dos estudantes de jornalismo da atualidade - pelo menos, assim deveria ser até o momento da obtenção do diploma. Entretanto, é praticamente impossível manter o sentimento de “querer mudar o mundo” com o passar dos quatro anos de faculdade, pois alguns dos professores, por exigências acadêmicas, não cessam de preparar os alunos para as tendências mercadológicas. Essa visão praticamente inexiste aos olhos da jornalista Eliane Brum; toda essa obscuridade do mercado de trabalho e a desilusão do lema revolucionário se dissipam e dão lugar a uma paixão contagiante que remonta aos ingênuos (não inapropriados) períodos de vestibular. “Tenho a convicção de que jornalismo é a melhor profissão do mundo. Pelo menos pra mim, é”. Quanto ao sistema de ensino, a jornalista não lesa termos: “Ouço relatos assustadores de alguns professores que parecem ter desistido. São pessoas muito amargas, que deveriam mudar de profissão, fazer algo que amassem, não disseminar seu descrédito nos estudantes que estão formando. Mas também conheci professores sensacionais, que mudam a vida de seus alunos".

Eliane Brum é o perfeito símbolo de otimismo para uma nova geração de jornalistas. Tamanha afirmação não teria sentido algum se não se associasse sua forma delicada de tratar as pessoas com o resultado de uma trajetória profissional de duas décadas até então bem sucedida. Ao invés de investir na grandiloquência do ‘ato da fala’ (algo que de certa forma espera-se de um jornalista), prefere centrar sua atenção à escuta dos discursos alheios para melhor espelhar a realidade que presencia. “O silêncio das pessoas conta muito sobre elas”, diagnostica.

Ao meio dia, em uma sala da Revista Época, publicação para a qual trabalha, vislumbramos uma paisagem típica industrial, em contraponto às extensas viagens da repórter pelos vários Brasis que contemplam desde o Rio Grande do Sul, estado onde nasceu, até as mediações de Roraima e Amapá. Sua feição diante deste cenário não é das mais satisfatórias, salientando a afirmação que fez na sua mais recente publicação literária, O Olho da Rua (Editora Globo, 2008), sobre o tédio que sente por manter-se sob a artificialidade dos ares condicionados da redação.

Cumprimentando Eliane, tem-se a ideia de estar diante de uma profissional tímida, mas amplamente segura de seus métodos. Aos 43, preserva o notório sotaque gaúcho e não teme crítica dos ‘colegas de trabalho’ que alegam excesso de subjetividades em seus textos. “Eu dou todas as informações que o dito jornalismo objetivo dá, só que dou elas e muito mais”, regozija-se. Em menos de cinco minutos, é possível memorizar todas as gesticulações da jornalista, que dificilmente abandonam a companhia de suas respostas. Ela se estende ao divã do descompromisso ao relatar sua jornada e suas idiossincrasias irrefutáveis contra a preguiça cada vez mais constante no ambiente jornalístico. Para Eliane, não importa onde estiver “a realidade continua no mesmo lugar: na rua”

Pauta da entrevista concedida, O Olho da Rua, mais que uma simples coletânea de reportagens produzidas por Eliane Brum na Época, traz relatos de seus erros, acertos e indagações acerca das 10 matérias que foram mantidas na íntegra. Ganhadora de mais de 40 premiações de reportagens, além deste trabalho, Eliane já publicou os livros Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios, 2004) e A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, 2006).

Abaixo, segue a entrevista na íntegra com a repórter:

Tiago Ferreira da Silva: O interessante que você fez foi trazer um making of de cada reportagem– talvez isso seja o ponto principal de seu livro, comentar os erros e acertos cometidos. Cada ponderação que você colocou nas reportagens, reforça o peso jornalístico delas? Por exemplo, em “A Casa de Velhos” você publicou a reportagem e, consequentemente, seu making of. O fato do jornalista se mostrar mais presente (de todas as formas possíveis) no seu respectivo trabalho reforça o peso do conteúdo da matéria?

Eliane Brum: Não sei, acho que são coisas diferentes. No princípio a ideia era fazer uma coletânea; mas eu não queria só juntar minhas matérias. A primeira coisa que fiz foi trabalhar e recuperar o texto original de cada reportagem, porque normalmente eu escrevo o dobro do que cabe no espaço. Mas eu sempre guardo. Essas dez reportagens no livro estão na íntegra e eu achei que deveria dar algo a mais pro leitor e que me trouxesse mais, me fizesse avançar. Então, decidi fazer uma grande reflexão sobre meu trabalho, porque inclusive no ano passado completei vinte anos de reportagem. Nelas, eu faço um making of, mas de forma diferente, porque tentei absolutamente ser sincera – achei que só valeria a pena pra mim e pro leitor se eu tivesse a coragem de me expor e mostrar aquilo que também era revelador pra mim: os erros que eu cometi, os impasses, o dilema. É um incentivo de aproximar, de fazer essa grande reflexão sobre o meu trabalho e também é uma grande reflexão sobre a vida, porque é importante pro leitor - e não só o estudante de jornalismo ou o jornalista, mas para qualquer pessoa - entrar em contato com a atividade do jornalista. Pra mim foi muito importante, e espero que para as pessoas também seja.

TFS: Como você lida com as fontes?

EB: Sempre sou muito clara. Me apresento para as pessoas com muito respeito e falo muito claramente aquilo que vou buscar. Acho que as pessoas sentem isso. E aí eu acho que a coisa mais importante é a escuta; os jornalistas, em algum momento do livro eu escrevo isso, eles devem ser mais que bons perguntadores - tem que ser grandes escutadores. Escutar é mais que ouvir. Significa que tu não vai interromper a pessoa quando ela está falando porque ela não está dizendo o que tu quer; ou porque tu supõe que tu já entendeu o que ela está dizendo; ou simplesmente porque não é capaz de escutar até o fim. Acho que esse é um vício que muitos jornalistas têm e é péssimo. E escutar é: quando a pessoa para de falar, ela não está parando de dizer. O silêncio das pessoas conta muito sobre elas, dá informações sobre elas. Quando ela gagueja, [tentar supor] qual é a palavra que ela gaguejou conta sobre ela. Quando ela interrompe alguma coisa subitamente, [escutar] quais são as palavras que ela usa, tudo isso está nos contando sobre ela. Então, essa escuta é muito importante. E eu procuro escutar as pessoas com muito respeito, atenção e delicadeza.

TFS: Na última matéria, você acompanhou a trajetória de uma senhora que descobriu que estava pra morrer até o caminho da sua morte. Como foi fazer essa matéria?

EB: Foi muito difícil, e muito transformadora. Foi uma das matérias mais duras na minha vida e eu ainda estou elaborando aqui o que ela me trouxe. Eu acompanhei uma mulher chamada Ailce de Oliveira Souza, uma merendeira de escola, nos últimos tempos de vida. Ela tinha câncer, sem possibilidade de cura em um lugar inoperado, e a gente se via uma vez por semana pessoalmente. Eu ia na casa dela e todos os dias eu ligava mais ou menos no início da tarde. Depois que ela morreu, fiquei por muito tempo com o gesto de pegar o telefone pra ligar, e isso é uma coisa que marcou a minha vida por muito tempo. E no caso da Ailce, foi a escuta mais delicada que fiz como repórter. Nunca cheguei perguntando pra ela sobre o câncer, sobre a morte, porque senão eu não saberia como ela lidaria com isso. Por exemplo, a Ailce morreu sem jamais ter pronunciado a palavra câncer. Se eu tivesse chegado e perguntado: ‘e aí, como é que tu vive com câncer?’, nunca saberia disso. É uma questão crucial entender o processo dela, além de toda a dor. Eu esperei sempre que ela falasse sobre a morte, para ver quais eram as palavras que ela usava para descrevê-la - senão acabamos com a narrativa e com a possibilidade de chegar mais pertos das verdades de uma matéria ou de uma pessoa. Sendo assim, ela acaba contando sua história a partir das nossas expectativas e não dos desejos dela. Talvez ela [Ailce] tivesse começado a falar em câncer, mas câncer não é uma palavra dela. E o fato dela silenciar sobre a palavra, sobre a doença… (interrompe para se corrigir). Tive que escutar quais eram as palavras que ela usava para entender a Ailce. Então, a escuta no caso dela foi de fundamental importância, eu praticamente só pontuava o que ela ia falando. Deixava ela conduzir essa narrativa do fim da vida dela.

TFS: Outra coisa também que é fácil perceber bastante não só no seu livro, mas nas suas reportagens em geral, é que você utiliza uma linguagem muito singular para descrever a situação de cada fonte que compõe sua matéria. Como você conquistou esse espaço? Como você conseguiu o espaço de utilizar uma linguagem tão autoral para descrever as verdades que presencia?

EB: Esse espaço foi conquistado, e essa é uma construção que a gente faz ao longo da nossa vida de repórter. Quando comecei, que é super simbólico, eu fiz uma matéria para um professor que mudou minha vida, que chama Marques Leonam. Já estava desistindo do jornalismo. E ele me fez com que me apaixonasse pelo jornalismo, pela reportagem. Eu fiz uma matéria pra ele numa cadeira de estágio chamada “As Filas da Existência”, um relato de todas as filas que a gente entrava desde que nascia até morrer, tema pouco habitual para a imprensa. No último semestre de faculdade, uma amiga minha inscreveu essa matéria e a Comissão Julgadora chamou a gente para discutir as matérias escritas. Quando fui chamada, a comissão era formada por publicitários e jornalistas. Os jornalistas diziam que o que eu fazia não era jornalismo. E os publicitários diziam que era. Como tinha mais publicitários que jornalistas, pra minha sorte, eu ganhei (risos!). E o prêmio era um estágio no [jornal gaúcho] Zero Hora, onde fiquei por onze anos. Foi assim que comecei, e já comecei ouvindo dos próprios jornalistas que o que eu fazia não era jornalismo. Quando tu entra numa redação, não em todas, mas em muitas, principalmente em jornalismo diário, eles precisam que tu carregue o piano, que tu faça as coisas da forma mais rápida que puder. Só mais tarde vocÊ vai conquistando teu espaço e fazer matérias especiais. Conquistei meu espaço brigando para escrever o que queria, mas trazendo boas histórias da rua. Teu chefe não vai te dar espaço, nem deixar tu escrever porque ele é legal ou porque tu é bacana. Ele vai te dar espaço se tu trouxer material de qualidade, justificar o tempo e o espaço. Então, comecei a entregar matérias que faziam diferença, contadas de um jeito diferente, matérias do dia mesmo. Fugia daquele jeito tradicional, e os leitores começaram a gostar. Comecei, devagarinho, a conquistar o meu espaço. Porque tu vai ouvindo pessoas na tua vida, vai ouvindo na tua faculdade que tu deve fazer aquela coisa tradicional, que é mais fácil fazer, e é mais empobrecedora pro jornalismo. Isso qualquer um faz. Tem que descobrir aquilo que tu pode fazer de melhor, é isso que vai te dar espaço, vai te dar lugar. Tanto que, quando eu vim pra Época, em 2000, fui convidada exatamente pela forma como eu conto as minhas histórias. É o que faço de melhor. Cada um tem o seu jeito, tem que descobrir o teu e focar nisso.

TFS: Você utiliza muito a subjetividade para compor suas reportagens. Você acredita que esse é um caminho possível? Por exemplo, o leitor vai ter uma identificação maior com a subjetividade, ao contrário da objetividade do jornalismo que a gente vê?

EB: A realidade é complexa e nossa função como repórter é dar pro leitor a realidade dos lugares onde ele não pode ir, as situações onde ele não pode estar, as pessoas que ele não conhece. A gente tem que trazer pra ele toda a complexidade dessa realidade, desses acontecimentos para que, tendo todas essas informações, eles possam tomar suas decisões - e não as nossas. Com isso, entendo que o mundo é feito de coisas objetivas e subjetivas. É sempre um desafio… Eu dou todas as informações que o dito jornalismo objetivo dá, só que dou muito mais. Porque a realidade é muito mais complexa do que fulano diz, do que sicrano retrucou, quando, onde… isso é óbvio! Só que tem que dizer mais do que isso. Eu considero que o cheiro, a textura, as cores, os gestos das pessoas, os silêncios, as nuances, os sons além das palavras são informações tão importantes quanto aquilo que é dito. Considero tudo isso informações que devemos apurar com muita precisão, porque no jornalismo nada se inventa. Dá muito mais trabalho, claro. Quando tenho tudo isso na mão, posso escrever um texto que traz a complexidade do real ao leitor. O maior elogio que fazem pra mim, que eu espero receber, é quando o cara lê minha matéria e diz: ‘parecia que eu estava lá’. Consegui!

TFS: Além do professor, que foi crucial para a sua formação de jornalista, qual foi sua referência, por exemplo, que livros você recomendaria para um jovem jornalista que pretende trilhar uma carreira, não parecida com a sua, mas um outro jornalismo possível que não o convencional?

EB: Eu sempre li bastante literatura. Desde que aprendi a ler, leio muito. Acho que a gente tem que ler de tudo, sou muito eclética. Hoje, essa leitura tem que ir desde literatura até os blogs. Porque o mundo é muito rico, está se reinventando, apareceram novas linguagens e a gente precisa saber o que está sendo produzido. Então, ler de tudo. E não só jornal e revista que precisa ler por obrigação, mas ler literatura, ler muito ensaio, muito blog. E, claro, acho que tem alguns livros que são fundamentais, como “O Segredo de Joe Gould”, de Joseph Mitchell, “Hiroshima”, do John Hersey, os livros do Gay Talese… eu gosto muito do new journalism americano - Truman Capote, é claro. Joel Silveira, [Ricardo] Kotscho, Caco Barcellos. Tem uma jornalista maravilhosa chamada Rosina Duarte, que tem uns livros em que escreve maravilhosamente bem… eu vou ficar com raiva depois porque eu vou esquecer alguns muito importantes… Tem um texto, o Livro das Vidas, que fala sobre as estórias do New York Times, acho que são obrigatórios. Esses são os que eu lembro agora. E literatura, que é fundamental…
Na reportagem, a gente tem que enxergar além do óbvio: essa é a nossa função. Às vezes me perguntam sobre os temas originais. Se for ver, “O Olho da Rua” não traz temas originais. É o jeito de olhar para os temas que faz a nossa diferença.

TFS: Tem planos de publicar outro livro?

EB: “O Olho da Rua” é meu terceiro livro. O segundo é “A Vida que Ninguém Vê”, que ganhou o Jabuti de 2007. É um livro que foi muito importante pra mim. Era a coluna que eu tinha no Zero Hora em 1999, que tinha o mesmo nome ‘A vida que ninguém vê’, onde eu só escrevia sobre pessoas comuns, sobre gente que não era notícia, uma espécie de ‘desacontecimentos’; e eu acho isso muito interessante porque é um livro que provoca a pensar sobre o que é notícia, quem é notícia e quem decide o que é notícia. Por que essas pessoas são notícias e outras não? Então, “A Vida que Ninguém Vê” é uma grande provocação a isso. E tem o meu primeiro livro, que está esgotado: “Coluna Prestes: o avesso da lenda”, que publiquei em 1994, em que refiz a marcha da Coluna Prestes. Eu ouvi 100 pessoas que estavam nos povoados e cidades por onde a coluna passou, que chamei de "O povo do caminho", porque não eram nem rebeldes, nem governistas. Eram a voz de quem estava no caminho.

TFS: O que acha da possível derrocada do diploma de jornalismo?

EB: Sinceramente, pensei bastante sobre isso, mas não tenho uma opinião definitiva, tipo: “Sim, deve derrubar” ou “não, não deve”. Não tenho certeza. O que tenho certeza é que, independentemente do diploma continuar existindo ou não, as faculdades de jornalismo precisam melhorar. E se a universidade melhorar, ela será importante não porque exige o diploma, mas porque faz a diferença, sabe? E pra universidade melhorar, tanto faz o diploma ou não, porque os caras vão querer contratar gente que seja melhor formada. Então se tu tem curso de jornalismo desta universidade, bom, prefiro esse cara. Porque sei que ele já vem com uma formação legal. Não penso a realidade particular de nenhuma porque não é o meu meio, não conheço. Acho que a universidade de jornalismo é o melhor lugar para se discutir questões éticas da profissão – e talvez isso seja o mais importante no curso de jornalismo. Eu tenho vinte anos [de profissão] e ainda hoje tenho muitas dúvidas em alguns momentos. Esse exercício precisa começar na faculdade. O jornalismo tem muitas especificidades. Fico muito triste quando ouço relatos assustadores sobre alguns professores que parecem ter desistido; pessoas muito amargas, que deveriam mudar de profissão, fazer algo que gostassem, que amassem e não disseminar o seu descrédito nas pessoas que estão formando. O professor tem que encantar o aluno. Foi o que aconteceu comigo. Ia ser historiadora, fazia os dois cursos juntos porque estava desanimada com o jornalismo, de tanto que tinham me desanimado. Mas eu encontrei alguém que me mostrou paixão (gesticula com ênfase, enaltecida!), que foi uma pessoa que tinha sido um grande repórter, que tinha parado pra dar aula e tinha se tornado um grande professor. Ele me mostrou a paixão desde a textura das palavras, o privilégio que é estar na rua em busca de histórias e me apaixonou pelo jornalismo. Sou muito grata por isso, porque tenho a convicção que é a melhor profissão do mundo - pelo menos pra mim é! Acho que esse é o papel da universidade: encantar, fazer mergulhar nas palavras, nos textos das reportagens, nas questões éticas, na construção de texto, no respeito das pessoas, no exercício do olhar… A universidade pode e deve ter uma grande importância em todo esse processo, mas eu acho que hoje a questão é a universidade se tornar importante e fazer a diferença na formação.

TFS: Alguma sugestão pra quem está começando agora e pretende também ingressar na carreira de jornalismo?

EB: O maior conselho que eu posso dar é que escutem. Escutem as pessoas, aprendam a escutar. E escutar é ouvir as texturas, ouvir os gestos, ouvir os sons e as cores, ouvir a complexidade do real. Resistam em fazer matéria por telefone, por e-mail, porque a gente não escuta e não vê a realidade por e-mail ou por telefone. Às vezes vai precisar fazer, mas a maioria das vezes é possível resistir e ir pra rua. A realidade continua no mesmo lugar: na rua. O repórter precisa duvidar sempre, usar a dúvida como exercício de conhecimento. Não a dúvida cínica, mas a dúvida generosa. Começar duvidando das suas próprias certezas, só assim conseguimos atingir o outro sem preconceito.

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2 Atemporalizados:

G Santi disse...

Tenho que falar..
Por ser um net friendly e adorar ler e escrever tudo que venho somando de informações para o cyberespaço, o Tiago consegue em muitas linhas, mesmo que sejam tortas, retas ou que fogem do contexto jornalístico atual e futurístico (haha quanta coisa), sascia os olhares de quem precisa de informação na dosagem certa. Eu mesmo por trabalhar com mkt e edição de conteúdo e ter um "pezinho" no antro jornalístico, adorei a entrevista com a Eliane Brum. Pode me abrir algumas faces para o mercado atual e a realidade dos jornalistas hoje.
parabéns Tiago! abraço.

Tiago Ferreira da Silva disse...

Gustavo,

A realidade dos jornalistas no mercado, por mais que não pareça, está atingindo cada vez mais maior singularidade.

Mesmo em tempos de novas mídias, muitos profissionais estão conquistando espaço através de textos mais autorias, mais atraentes.

Apesar de Eliane Brum se integrar recentemente à mídia digital (no widget REFERÊNCIAS DA NET tem o link da coluna dela na Época), ela faz parte de uma realidade cada vez mais próspera no âmbito jornalístico: valorizar o ato da escrita com seus próprios métodos de trabalho.

Não é a toa que ela faz parte de uma revista como a Época, um dos maiores símbolos de jornalismo corriqueiro; ela está mudando o panorama da grande imprensa também.
Ganha a Época, que reforça seu teor jornalísitco, o jornalismo e, o mais importante: o leitor!

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